31 de dez. de 2010

31/12/2010 - Reveillon em Bariloche

O Reveillón em Bariloche foi bem diferente do que esperávamos. Não há fogos por aqui. A despedida de 2010 foi com um céu azul, apreciando a vista maravilhosa do lago. Passamos o reveillón no nosso hotel, recordando dos familiares queridos, aproveitando para rir, pois alegria é o que não falta em nossa aventura.

Despedida de 2010 - ano maravilhoso!!! Novos propósitos para o ano que se inicia!

30 de dez. de 2010

30/12/2010 - Bariloche

Chegamos em Bariloche em torno do meio-dia, com o dia nublado. Bariloche nos impressionou pela quantidade de adolescentes, a maioria deles recém ingressados na faculdade. Há um centrinho bem legal para quem quer fazer compras, com muito chocolate, sorvetes, onde os preços reduzem bastante comparado com El Calafate.


Centrinho de Bariloche

Vista de outro ângulo da praça


Nos pareceu que as atividades são mais intensas no inverno, apesar do grande movimento de turistas, muitos deles brasileiros. Aproveitamos para descansar, apreciar a vista do hotel e passear pelo centrinho.


Encantadora vista para os lagos do aconchegante hotel Tirol


Nossa maior decepção foi a tentativa de comer um founde de queijo, que de queijo não tinha nada. Encontramos um restaurante muito bonitinho chamado La Marmite, que estava cheio, esperamos uma meia hora para entrar, mas não valeu a pena. O fondue era uma espécie de creme branco com caldo de galinha, parecia mais uma sopa de caldo knorr. Somente provamos. Conversamos com o gerente com muita educação, ressaltando que não sentimos nenhum gosto de queijo. Ele simplesmente disse que era assim mesmo, nem sequer levou ao cheff para ver se havia alguma coisa errada. Primeira furada em comida que tivemos, pois tudo até então foi delicioso. Paciência, passamos a noite à base de cubierto, não tivemos coragem de pedir mais nada, mas não deixamos de passar na maravilhosa loja - Turista - com deliciosos chocolates, e saboreamos mais uma vez (não podíamos deixar de provar) o sublime sorvete de doce de leite, com suas variantes de dar água na boca.

29 de dez. de 2010

29/12/2010 – Ruta 40 (El Calafate - Bariloche)

Acordamos com calma, em torno das 8 horas, assim pudemos descansar um pouco mais. Já sentíamos saudades de El Calafate, que nos brindou com um sol maravilhoso, aumentando as perspectivas de regresso a essa bela cidade. Partimos às 11 horas e mal sabíamos o que nos aguardava nesse dia. Fomos um pouco despreparados com relação à alimentação, mas aprendemos a lição. Dentre os 713 km rodados, 413 km foram de ripio, mas não um ripio como do Ushuaia, que quase parecia um asfalto, era ruim mesmo. Chegamos a andar a 12km/h.

E aí, vai encarar?

Aí entendemos a fama da Ruta 40, as camisetas estampadas, os carros com adesivos, os bonés bordados...pois quem consegue finalizá-la pode-se considerar um vencedor. É engraçado, pois todos, mas TODOS mesmo, os carros que cruzávamos nos cumprimentavam. Saudação tipo: mais um doido que se arriscou na Ruta 40!



Pra finalizar o dia, dormimos num hotel em Rio Mayo, uma cidade quase fantasma, estilo filme de terror segunda categoria. Hotel ruim, feio e caro. Tipos estranhos e mal-humorados. Chegamos até a imaginar se cruzaríamos com algum vampiro ou zumbi, personagens que combinariam super bem com o ambiente. Mas como não tínhamos outra opção, afinal acampar de novo estava fora de cogitação, encaramos de olhos bem fechados....

28 de dez. de 2010

28/12/2010 – El Calafate (Upsala)

Dia de conhecer Upsala. Seguimos a dica de nosso amigo Dr. Roberto Garanhani e resolvemos fazer o passeio a Estância Cristina. Fizemos as reservas na agência Rumbo Sur, saiu 525 pesos cada um já com a entrada do parque. Tivemos que acordar cedo, ir até Punta Bandera (cerca de 50 Km de Calafate) e pegar o barco que nos levaria a Estância. Às 8:30 da manhã o barco partiu. Foram 3 horas e meia de vistas incríveis, um lago coberto de icebergs, ou tempanos, como são mais corretamente chamados. Esses tempanos fecham a passagem do lago em vários pontos, impedindo o barco de chegar até o glaciar, nos obrigando a fazer parte do caminho de carro.


Contemplando a beleza dos tempanos
Icebergs

Assim que chegamos a Estância, nosso guia Antônio já estava nos esperando. Ele era o motorista da 4X4. O caminho até Upsala foi tenso. Subidas íngremes por uma estradinha estreita e relativamente perigosa. Subimos cerca de 500 metros de altitude até o ponto que saímos do carro para terminar a pé o percurso.

Uhulll aventura na 4X4

Após uns 800 metros de caminhada (super light para o que estamos acostumados, hehhe..) chegamos ao topo do morro, de frente pro glaciar Upsala. Increible! Gigante! O vento foi um capítulo a parte. Forte como nunca havíamos pegado, sorte que era contra o abismo. Estava há mais de 100 Km/h e gelado!!.

Mirante na subida para o Upsala

Esse glaciar está diminuindo de tamanho, pois o desprendimento do gelo está em maior proporção que a reposição. Diferente do Perito Moreno que está estável. Daí se originam os tempanos que encontramos no caminho de barco.

Nem mesmo o vento tirou o sorriso do rosto, afinal, é maravilhosooo!

Voltamos então a Estância onde almoçamos e fizemos um visita ao Museu que conta a história da origem do lugar. Guia super querida, descobrimos que conhece mais o Brasil que a gente.... Chegou a hora de voltar.

Estância Cristina

A volta foi bem mais rapidinha que a ida. Já descansados, após um soninho no barco, fomos comer uma pizza para fechar o dia. Pizzaria ótima (La Lechuza) e chopp gelado (Austral – recomendamos). Fomos atendidos em português por um garçom argentino com experiência de 14 anos morando no Brasil... Super simpático. A pizza era uma delícia, o melhor sabor sem dúvida de Ovejas Patagônicas. A meia noite fomos dormir.

Ôooo vidinha mais ou menos heheh

27 de dez. de 2010

27/12/2010 – El Calafate (Perito Moreno)

Cama deliciosa!! Talvez pelo fato de nossa noite ter sido na barraca ontem Hehhehe... Aproveitamos pra descansar bem hoje. Acordamos mais tarde que o normal, tomamos café e fomos dar uma voltinha pela cidade. Estamos encantados com Calafate. As casas são lindas, as ruas super cuidadas, limpas e floridas. Lembra bastante Gramado. Passamos no mercado para comprar umas coisinhas, pois resolvemos fazer o almoço no apart. Macarrão a bolognesa delicioso!! Saímos a uma em direção ao Parque Nacional Los Glaciares. É cerca de 90 Km da cidade. Queríamos chegar com antecedência. Fizemos reserva pro barco das 15:30. A travessia até o glaciar foi curtinha, uns 30 minutos.

Parque Nacional los Glaciares

Nada se compara a imensidão desse glaciar. Passamos bem perto dele, é extremamente alto! Nas fotos não parecia tão grande. Tem cerca de 60 metros de altura e 5 Km de extensão. Nosso guia Nico nos levou até a entrada do glaciar, após mais uns 20 minutos de caminhada leve.

Vista do Glaciar Perito Moreno de dentro do barco

Hora de colocar os grampones.

Os grampones são colocados embaixo do nosso sapato para possibilitar a caminhada no gelo sem escorregar. Muito legal.



Iniciamos nosso trekking dentro do glaciar. Sem dúvida, foi uma das experiências mais legais da nossa vida. Caminhamos cerca de 2 horas dentro do glaciar!! Subíamos com pingüins e descíamos como macacos, seguindo as instruções do Nico, quanto mais ridículos melhor. Bebemos água direto do glaciar! Puríssima e geladinha. Deliciosa!

Água do glaciar - a mais gostosa que já tomamos!

No final da caminhada brindamos com uísque on the rocks, nem preciso dizer de onde veio o gelo né?!! Com direito a alfajores e tudo.

Um brinde com uísque on the rocks

Os guias do glaciar trabalham aqui somente na temporada, que dura de outubro a abril. No inverno todos os parques fecham devido a neve. Os guias partem para trabalhar nas estações de esqui, em Bariloche ou Ushuaia. Após o trekking, voltamos com o barco a plataforma e seguimos para os miradores.
Barco chegando, hora de ir embora!

Ma se despedindo do glaciar Perito Moreno

Deste local que se originam a maioria das fotos que tínhamos visto na internet. Com o dia lindo que tivemos hoje batemos umas maravilhosas também. O parque é super bem estruturado, estrada toda pavimentada e repleta de animais silvestres, como as lebres, muito comuns por aqui.
Glaciar Perito Moreno - Vista do Mirante

Vista das escadarias do parque, que ganhou nota 10 em estrutura!

26 de dez. de 2010

26/12/2010 – Torres del Paine

Acordamos às 5h da manhã, ou melhor, levantamos, pois passamos a noite acordados dentro das barracas... A vista do amanhecer nas montanhas valeu a noite mal dormida.
Vista do acampamento ao amanhecer
Desmontamos o acampamento, colocamos tudo no carro e iniciamos a trilha rumo as Torres às 6:15. Tava bem frio. A primeira parte da trilha até que foi fácil.
Início da trilha

Primeira subida

Vista do vale

Mapa da altitude na trilha

Camino Angosto

Uns 45min do "campamento chileno"

1/3 de triha percorrido

Vista do riacho ao andar na trilha

Caminhamos uns 4 Km até o primeiro acampamento, chamado Chileno. Demos uma descansada e compramos mais água. Dica 1: quem fizer esta trilha tem que levar uns 2 litros de água. Trouxemos uns 2 litros pra nós 4 e não deu nem pro cheiro. Ventava bastante o que dificultou um pouco o percurso.


Continuamos a caminhada. Pegamos um pouco de chuva no caminho. Caminhamos mais 4,9 Km até o acampamento Torres. Parada para o almoço, uma descansada boa e hidratação.


Seguimos caminho até o mirador Las Torres. Detalhe, esta parte foi a mais difícil de todas. Subida íngreme, toda de pedras. Fizemos várias paradinhas mais rápidas para descansar e finalmente, após mais uma hora e meia de caminhada, chegamos ao fim. Ao total, caminhamos em torno de 22 km por 8,5h. Por diversos momentos parecia que estávamos na França, frente a tantos franceses fazendo esta trilha.
Vejam a quantidade de pessoas fazendo a trilha (grande maioria Franceses)

Ô povo aventureiro. Ao chegar no mirador, a paisagem é indescritível. Não há foto que retrate o que vimos por lá. Esperávamos uma linda vista das torres, mas para tornar o local ainda mais lindo, as torres são circundadas por um lago verde, de cor inigualável.


Há diversas trilhas com miradores para as torres, que formam o trajeto W. Completamos a “perna direita”. Dica 2: não desista da trilha no meio do caminho. Como na entrada do parque já havíamos visto imagens lindas das torres, não podíamos imaginar que veríamos algo ainda mais belo, mas certamente comprovamos ao finalizar a caminhada. Sensação de triunfo, com um troféu que é divino – não há como não se maravilhar ante tanta beleza criada por Deus.


O descanso foi no carro mesmo, no trajeto até El Calafate. Saímos pelas 15h30min e chegamos em torno das 20h30min. Pegamos aduana nesse trecho (por Cerro Castilho), mas foi super rápido, ao todo levou menos de 10 min, pois é uma região muito deserta. Dica 3: Pela primeira vez utilizamos o galão de combustível. Abastecemos pela última vez em Punta Arenas e esperávamos encontrar um posto em Torres del Paine, no entanto, não há nada por lá. Sugerimos que abasteçam em Puerto Natales, para garantir a ida até El Calafate. Encontramos após uns 70 Km de Cerro Castilho um único posto para abastecimento.


Após a beleza de Torres del Paine chegamos à encantadora El Calafate. Fomos à procura de um hotel e encontramos um apart maravilhoso, chamado Linda Vista, administrado por chineses. É estilo o que a gente conhece como pousada no Brasil, com quarto, banheiro, sala e cozinha completa. Limpo, bonito, com um delicioso café da manhã e Wi-fi. Era tudo o que queríamos após o cansaço do dia de hoje.

25 de dez. de 2010

25/12/2010 - Punta Arenas - Torres del Paine

Oi pessoal! Acordamos pelas 9, conseguimos descansar bastante e tocamos para Torres del Paine. A nossa idéia inicial era chegar ao parque e fazer uma trilha hoje mesmo. Chegamos um pouco tarde, pegamos estrada de rípio, o que atrasa consideravelmente a viagem, mas a vista compensa.

Na estrada...



Torres del Paine ao fundo...
 Pra variar encontramos vários Guanacos na viagem... Hehehe, nossos principais companheiros de viagem. Chegamos ao Parque de Torres del Paine por volte das 2 da tarde.
Guanacos em reprodução

Guanaco fazendo pose pra foto



Montanhas para todos os lados

O parque é bem mais precário que imaginávamos. Pagamos 15.000 pesos chilenos para entrar cada um (cerca de R$ 60,00). Apesar da pouca infra, o parque é lindíssimo. As estradinhas nos levam a cada vista...
Primeiro UAU!!! do dia...

Paraíso!

Uma surpresa a cada esquina. Ou melhor, um UAU!!! a cada km... A nossa idéia inicial era atravessar para Paine Grande, mas a travessia era de barco e o próximo horário era 18:30, ou seja, teríamos que esperar muito. Além disso, o valor da travessia era meio fora de cogitação.
A cor da água é algo...


Como hoje era o dia de acampar, resolvemos encontrar logo o melhor local para montar as barracas porque o vento era forte. Nossa escolha acabou sendo perto do Hotel Las Torres, que era o início da nossa trilha de amanhã. O carro teve que passar por uma ponte muito estreita. No início achamos que nem passaria, mas ao falarmos com um nativo ele nos contou que passam vans levando passageiros ao hotel.

Coragem! Motora é bom de braço!


Montamos o acampamento e fizemos uma super janta estilo escoteiro (macarrão instantâneo, hehehe), e fomos dormir cedo.

Lá no fundo são as torres, nosso objetivo de amanhã

Into the wild

Recarregando as baterias

Ou melhor, tentar.... ROBADAÇA!!!!!!! Chegaram uns brasileiros barulhentos perto das 22 pra acampar. Fizeram uma barulheira e acordaram todos que tentaram dormir mais cedo. Fora o som alto de uns outros europeus que estavam perto....Ai que noite mal dormida!